Ouço diariamente, e você deve também ouvir, sobre os cuidados que devemos ter em relação á Covid-19. Protocolos de segurança foram elaborados, estão sendo seguidos e fiscalizados, tudo para que possamos seguir a vida de forma menos prejudicial possível.
Na educação não é diferente, pelo contrário, precisamos dar exemplo, ensinamos através do exemplo. Pois bem, focados nessas inúmeras exigências acabamos deixando outras coisas importantíssimas de lado. Como por exemplo, há professores suficientes para o ensino de qualidade?
Está sendo contratado professores para suprir aqueles que são do grupo de risco e necessitam permanecer remotamente? Pessoas para atender a demanda de higienização exigida, são suficientes, ou está se dando um “jeito”, como sempre se deu, pois na educação não há problema que não se resolva (dentro da unidade escolar), na esfera administrativa, já é outra situação.
Alguém já parou para pensar no período que estes estudantes permanecem sentados? O mobiliário é adequado? Temos em nosso município uma riqueza de diversidade étnica, e por si, só isso bastaria para pensarmos nas diferenças de necessidade dos estudantes. Um exemplo prático, um adolescente de origem alemã de 13 ou 14 anos com aproximadamente seus 1.80cm consegue permanecer confortavelmente em uma carteira dita normal, da mesma forma que outro de 1.60?
O ar condicionado da sala de aula está funcionando? Olhando assim rapidamente, você pode dizer que não é tão grave assim, mas vamos analisar. As salas permanecem abertas, janelas e portas, para circulação do ar, porém em nossa região, no verão nossa média em sensação térmica varia na casa dos 40º C, ainda utilizando máscara, e sem a ilusão do ventinho, que não passa pela sala, como é que fica a qualidade da educação?
Faço um convite e um desafio, participe da vida escolar de seu filho ou filha, participe da vida política de sua cidade. Aos poucos poderemos perceber as mudanças acontecerem.